Falácias e argumentos retóricos
Grande parte dos textos acadêmicos requer o estabelecimento de razões ou interpretações aceitáveis do que está sendo oferecido, isto é, a argumentação. Essas razões que compõem a argumentação são chamadas premissas e devem ser organizadas de modo a sustentar suas conclusões. Boas premissas são aquelas que propiciam os aspectos realmente importantes da conclusão, certificando-se que os leitores seguirão o raciocínio apresentado nas ideias.
Quando um argumento é enfraquecido por algum defeito, ocorre o que se denomina por falácia. Na lógica uma falácia não tem fundamento por ser falha, o que não significa que seja falsa e justamente por ter essa aparência verdadeira há quem a use como objeto de persuasão. Adiante serão apresentados alguns exemplos que mostram esse raciocínio fraco e que podem vir acontecer em qualquer tipo de argumento, auxiliando assim o aluno a identificar e evitar futuramente esses respectivos erros.
ARGUMENTAÇÃO RETÓRICA
A argumentação trata de questões éticas, jurídicas ou políticas, procurando o que aparenta verdadeiro ou provável. Na ausência de verdade, procura-se a adesão do interlocutor ou do auditório, tentando persuadir e convencer. Ou seja, usando a retórica, atividade verbal que objetiva fazer com que alguém acredite em alguma coisa.
Aristóteles diferenciou três formas de argumentação: Ethos (caráter do orador), Pathos (estado emocional do ouvinte) e Logos (argumento construído pela razão e raciocínio). A classificação dos discursos argumentativos varia bastante conforme os autores, mas podem ser considerados dedutivos, indutivos, analógicos e falaciosos.
1. Argumentos dedutivos (tipo silogístico)
Nestes argumentos a verdade das premissas assegura a verdade da conclusão. Se as premissas forem verdadeiras, e o seu encadeamento adequado, a conclusão será necessariamente verdadeira. Os argumentos dedutivos não acrescentam nada de novo ao que já se sabe.
Ex.: Todos os homens são animais.