Filosofia
O discurso lógico-demonstrativo ocorre frequentemente no âmbito de diferentes disciplinas científicas. Caracteriza-se pelo recurso a processos dedutivo-demonstrativos e pela utilização de uma linguagem rigorosa, de sentido unívoco, desprovida de qualquer ambiguidade. Neste discurso onde impera o rigor, não há lugar para a discussão e controvérsia: uma vez admitidas as premissas e estabelecidas corretas implicações lógicas, as conclusões impõe-se como necessárias e universais: é o domínio do constringente.
O discurso argumentativo ocorre quando os assuntos abordados são controversos e suscitam polémica, não podendo ser decididos na base de uma conclusão que a todos se impõe sem qualquer margem para discussão. Neste discurso, os argumentos utilizados são constituídos por premissas discutíveis e não implicam necessariamente a conclusão. Procura encontrar a opinião que parece ser a mais razoável , melhor fundamentada e tenta persuadir os outros de que essa é realmente a opinião mais correta, e portanto, aquela que merece a preferência.
Argumentação e retórica
Retórica – arte de convencer o auditório por intermédio de formas belas ou eloquentes, com intuito de tornar o discurso mais apelativo e mais facilmente admirado pelo auditório. Existe assim, um laço substantivo entre argumentação e retórica, entendida esta como a arte de bem falar, a arte de falar de forma eloquente.
As figuras retóricas
No discurso retórico-argumentativo, as figuras retóricas não funcionam apenas como elementos de adorno, mas são recursos que permitem dar maior força aos argumentos, que permitem fazer ver melhor, acentua uma ideia, chamando a atenção para o que é relevante; sintetizam os argumentos.
Se o discurso não implica a adesão do auditório, a figura será percebida como figura de estilo, apenas adorna permanecendo ineficaz como meio de persuasão.
Algumas figuras retóricas
Concessão (ex: poderia concordar convosco…mas)
Prolepse (ex: dir-me-ão