Falta de espontaneidade ou medo?
CMGB* Desenvolvimento - 2012
FALTA DE ESPONTANEIDADE OU MEDO?
Espontaneidade, segundo Moreno, é a capacidade de um organismo adaptar-se adequadamente a novas situações. Da espontaneidade dependem as novas respostas, as imprevisíveis. A espontaneidade não é apenas o processo dentro da pessoa, mas também o fluxo de sentimentos na direção do estado de espontaneidade de outra pessoa, ou de outras.
No ambiente cultural em que nos desenvolvemos, a tendência habitual é substituí-la cada vez mais por respostas fixas e reguladas, que não permitem reações novas e inesperadas. Dentro das organizações percebemos que a espontaneidade é camuflada e canalizada para outras esferas, comprometendo as relações e ações de liderança. Perde-se a capacidade criativa e, consequentemente, a capacidade produtiva.
Quais são os maiores problemas que encontramos nas empresas no que se refere às relações humanas? Desconfiança, descrença, medo, resistência ao novo, às mudanças... Sim, mas o que fazer com tudo isso? Como tratar ou melhorar o clima dentro das organizações? Como liberar a espontaneidade sem gerar desrespeito?
Todo e qualquer relacionamento, seja afetivo, familiar, social ou profissional, pressupõe um pacto de respeito e confiança baseado em sentimentos verdadeiros e espontâneos. A quebra desses valores leva o ser humano a uma desconfiança múltipla que compromete sua capacidade perceptiva e relacional.
O exercício da espontaneidade enriquece o meio e a quem a exerce, na medida em que permite ao indivíduo uma correta adequação ao ambiente por livre vontade e sem imposições que cerceiem sua personalidade, ao mesmo tempo em que provoca nos demais o mesmo tipo de resposta. O rendimento geral de um indivíduo ou de um grupo que possua um alto nível de espontaneidade caracteriza-se por uma relação mais adequada entre capacidade criativa e produtiva e um menor esforço realizado.
A espontaneidade é, pois, um fator fundamental para a