Falacias E Paradoxos
Designa-se falacia um raciocinio errado com aparencia de verdadeiro. Este vocabulo provem do grego faller (de falacia, enganar).
As falacias podem ser:
- Involuntarias ou despropositadas;
- Propositados ou voluntarios
As falacias que sao cometidas involutariamente designam-se por paralogismos;
As falacias que sao produzidas de forma a confudir alguem numa discussao designam-se por sofismas. Assim, em qualquer falacia ocorrem dois elementos essencias:
- Uma verdade aparente: em que o argumento e convincente e leva os incaustos ao equivoco.
- Um erro oculto: que faz com que se retirem conclusoes falsas apartir de uma verdade.
O erro oculto pode derivar da ambiguidade dos conceitos, de um salto desregrado do particular para o geral, de uma tomada do relativo como absoluto, do parcial como total, do acidental como essencial.
Existe uma variedade de falacias, mas nao ha consenso quanto a sua classificacao. Contudo, as mais frequentes e comuns sao:
1. Sofismas verbais ou de palavras
a) Falacia da equivocacao ou equivoco: acontece sempre que usamos, num argumento, acidental ou deliberadamente, a mesma palavra em dois sentidos diferentes.
Exemplo:
So o homem e que pensa Ora, nenhuma mulher e homem Logo, nenhuma mulher pensa
Este argumento e falacioso, dado que, na primeira premissa, a palavra «Homem» significa «especie humana» e, na segunda, «ser humano» do sexo masculino.
b) Falacia da composicao ( tomar a parte pelo todo): se as partes de um todo tem uma certa propriedade, argumenta-se que o todo tem essa mesma propriedade. Esse todo pode ser um objecto composto de diferentes partes como um conjunto de membros individuais.
Exemplos:
Nem estes, nem aqueles sapatos me servem.
Logo, nenhum sapato me serve.
c) Falacia da anfibologia: deriva da ambiguidade sintactica de uma parte de um argumento. Por isso, esta falacia ocorre sempre que procuramos sustentar uma conclusao recorrendo a uma interpretacao errada de uma proposicao gramaticalmente ambigua.