Fahrenheit 451

444 palavras 2 páginas
Segundo Foucault, o poder disciplinar se baseia em uma sociedade de normalização, ou seja, ela não se baseia em leis, mas sim na regulação da diferença, na hierarquização, na exclusão e na execução do domínio por parte do povo. O Estado é responsável por criar as leis e deixa que os indivíduos cobrem uns dos outros aquilo que cada um acredita ser o correto. Para ele, o exercício do poder deve ser controlado pela sociedade como um todo, e essa cobrança é chamada de norma.
O mundo do filme “Fahrenheit 451” é um lugar onde todos são observadores, é uma sociedade totalitária onde a “família” controla tudo. Foi o estado de hipersensibilidade e exagero que levou os livros a serem proibidos. As pessoas observavam tanto que, a partir de certo momento, elas começaram a ver tudo como sendo algo inseguro. Quando uma pessoa denuncia a outra, ela tem como finalidade fazer com que a que a pessoa seja igual a ela, ou seja, ela se identifica com a outra. Isso acarretou na prática de denúncias entre vizinhos.
Os livros são vistos como objetos que só trazem infelicidade àqueles que os leem. Mesmo que uma pessoa nunca tenha lido um livro, ela acredita, influenciada pelas pessoas que o cercam, que ler livros é ruim e que eles devem ser queimados. O sucesso deste sistema de obediência deve-se, especialmente ao cuidado com a educação. As crianças desde pequenas são educadas a desempenharem certas funções sociais, a não ler e que livros precisam ser queimados e a não se questionar sobre o que estão fazendo.
Montag, personagem principal do filme, se apropria das palavras impostas pela sociedade e torna-as um hábito. Essa situação é agravada com os meios de comunicação, que são controlados pelo sujeito social. O sujeito social não encontrou a “si mesmo” e tem como meta mudar os pensamentos das pessoas a fim de pensarem e agirem conforme os valores que ela acha certo (micropoder – de indivíduo para indivíduo).
Um exemplo é que embora a vida de Linda (esposa de Montag) seja chata e

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