fadiga
August Julius Albert publicou resultados de testes realizados em correntes de ferrosubmetidas a carregamentos cíclicos. No período de 1852 a 1869, em Berlin, ele estudou a ruptura de eixos ferroviários. A ocorrência destas falhas era imprevisível para os engenheiros da época. Vários eixos fraturavam após apenas algumas centenas de quilômetros de serviço e, embora projetados de acordo com critérios de resistência estática, essa fratura ocorria sob condições de carregamento normal.
Apesar de ensaios de tração realizados no material antes da entrada em serviço revelarem adequadaductilidade, a ruptura em serviço não apresentava sinais de deformação plástica.
Ainda, estes mesmos ensaios realizados no material após a fratura apresentavam as características de ductilidade iniciais. O nome fadiga se deve ao fato do mecanismo deste fenomeno ser desconhecido na época, dai então se dizia que o material "cansava" ou
"fadigava".
Fadiga é um processo de acúmulo de dano permanente, progressivo e localizado, que ocorre em componentes ou materiais sujeitos à condições dinâmicas de carregamento. A fratura por fadiga resulta do desenvolvimento progressivo de uma trinca sob a aplicação repetida de tensões. Tais tensões são inferiores àquelas capazes de provocar uma fratura sob carregamento monotônico e ainda, muitas vezes, inferiores ao próprio limite de escoamento do material. A maioria dos equipamentos e estruturas está sujeito a carregamentos repetidos
(cíclicos). Alguns exemplos são bombas, hélices, aviões, pontes, navios e estruturas offshore.
As preocupações com falhas por fadiga tiveram início no século XIX, quando motivadas pelos inúmeros acidentes ferroviários que ocorreram na Europa e Estados Unidos, como conseqüência do aumento do transporte de passageiros através da malha ferroviária existente, observouse que as fraturas ocorriam no regime linear elástico.