Nos anos 60, a montadora de veículos Fiat tencionava entrar no Brasil. Outras montadoras já instaladas se opuseram e com influências políticas, conseguiram impedir. Isso porque já naquele tempo, se conhecia que onde a Fiat entrava incomodava o mercado. Exemplos deste cenário foram vistos claramente na Europa. Ao tomar conhecimento de que o impedimento ocorria por uso de trâmites políticos e como bons italianos, acabaram contornando. Veio a Copa do Mundo de futebol em 1970, todo o país só falava em Pelé, muito entusiasmo com a seleção, etc. Neste cenário, a Fiat praticou suas manobras. Financiaram campanhas políticas de senadores e deputados que se encarregaram de encaminhar um projeto permitindo a entrada da Fiat. Enquanto os olhos do mundo estavam voltados para o México, a Fiat conseguiu a aprovação sorrateiramente. Quando as outras montadoras descobriram, o projeto de entrada já havia sido aprovado, a montadora havia comprado um terreno no Bairro Demarchi à apenas alguns quarteirões de distância da sede da Volkswagen do Brasil. As empresas Volks, Ford, GM e Crysler se reuniram na Europa e chamaram a direção da Fiat para discutir a “questão Brasil”. As empresas já instaladas alegaram que o Brasil não possuía mão de obra especializada antes das suas respectivas penetrações, que o comércio foi formado em função das mesmas, que toda a mão de obra especializada estava centrada no Grande ABC e por estas razões, a Fiat estaria se aproveitando da situação para se formar no mercado com muita vantagem comercial. Por estas razões, afirmaram que a Fiat teria de se instalar no Brasil à pelo menos 500 km de distância da Grande São Paulo. Esta condição retirava a Fiat de praticamente todo o Estado de São Paulo, posicionando-se em regiões onde não havia literalmente nenhuma condição comercial nas regiões mais desabitadas do Estado. A distância ainda tirava a cidade do Rio de Janeiro. Esta imposição acabou sendo aceita pela Fiat. Mas também houve uma segunda condição. As outras