Facul
Gisah Amaral de CarvalhoI; Camila Luhm Silva PerezI; Laura Sterian WardII
IServiço de Endocrinologia e Metabologia, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná (SEMPR/HC-UFPR), Curitiba, PR, Brasil
IIFaculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp), Campinas, SP, Brasil.
RESUMO
Exames laboratoriais são fundamentais para o diagnóstico acurado e o monitoramento custo-efetivo das disfunções tireoidianas. Quando há alta suspeita clínica, as dosagens hormonais apenas confirmam o diagnóstico. No entanto, na maioria dos pacientes, a sintomatologia é sutil e inespecífica, de forma que apenas testes bioquímicos podem detectar o transtorno. O objetivo deste artigo é fazer uma análise crítica do uso apropriado dos principais testes de função tireoidiana, entre eles a dosagem sérica do hormônio estimulante da tireoide (TSH), dos hormônios tireoidianos e dos anticorpos antitireoidianos. Mediante um levantamento na base de dados do MedLine, são discutidas as principais armadilhas e interferências relacionadas ao uso cotidiano desses testes e apresentadas recomendações para otimizar a utilização dessas ferramentas diagnósticas na prática clínica.
Descritores: Testes de função tireoidiana; tireotropina; triiodotironina; tiroxina; hipotireoidismo; hipertireoidismo
INTRODUÇÃO
Disfunções tireoidianas são condições prevalentes na prática clínica e podem apresentar consequências significantes. O auxílio de testes de laboratório de qualidade é fundamental para o diagnóstico preciso dos distúrbios da tireoide, já que, na maioria dos pacientes, os sinais e sintomas da doença tireoidiana são sutis ou ausentes e apenas testes bioquímicos podem detectar o transtorno.
Assim sendo, é importante para o médico, de qualquer especialidade, saber solicitar exames laboratoriais, assim como saber interpretar seus resultados para um correto diagnóstico e manejo custo-efetivo