Fachada
A previdência brasileira é baseada no princípio da repartição, ou seja, a geração que está trabalhando financia a geração que se retirou e será, no futuro, financiada pela nova geração que chegar ao mercado de trabalho. Portanto, faz-se necessário que o regime seja fiscalmente responsável e solvente. Com um aumento da sobrevida dos idosos e com uma redução dos números de jovens, este quadro se tornaria alarmante, pois haveria graves desequilíbrios nos parâmetros que regulam o sistema.
A verdade é que o Brasil está realmente envelhecendo. Seremos este ano, aproximadamente, 200 milhões1 em todo território nacional conforme a primeira revisão do Censo de 2010. E deste total, em 2013, 11% serão idosos na faixa etária acima dos 60 anos, para comparação, no Censo de 2000 eram 8,6%. Fica mais alarmante quando se projeta mais 10 anos, 16,7%. Ou seja, o peso da carga tributária destinada ao pagamento dos benefícios previdenciários tenderá a aumentar ano após ano.
Diante desses números fica evidente a urgência diante dessa emergência, por mais que tocar no assunto “previdência” possa mexer por demais nos sentimentos das pessoas e dos políticos, o país não pode adiar ainda mais um problema tão atual.
O problema previdenciário não é exclusividade nas terras tupiniquins, mas o que confere um caráter específico é o fato de o país gastar uma quantia muito elevada de recursos com previdência por conta de uma legislação frouxa que permite, por exemplo, uma mulher se aposentar com 51 anos de contribuição, algo que em outros países do mundo simplesmente não existiria.
A monografia tem, como primeiro objetivo, mostrar com os dados exclusivamente do IBGE comprovar que o país está realmente envelhecendo e que a projeção de números de jovens só tende a cair. O segundo objetivo é apresentar as falhas e problemas da previdência, trazendo à tona questões delicadas que merecem toda atenção neste momento de mudanças demográficas.
Na primeira seção é apresentado todas as