Eça de Queirós
Quando terminara a sua licenciatura fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística como redator. Colaborou ainda na Gazeta de Portugal.
Após uma viagem pelo Oriente para assistir à inauguração do canal de Suez, regressou a Lisboa, onde escreveu, em 1870, em parceria com Ramalho Ortigão, O Mistério da Estrada de Sintra. No ano seguinte, proclamou a conferência "O Realismo como nova expressão da Arte".
Em 1872, iniciou também a sua carreira diplomática, com o cargo de cônsul sucessivamente em Havana (1872), Newcastle (1874), Bristol (1878) e Paris (1888). Simultaneamente, colaborou na imprensa, com crónicas e contos, em jornais como A Atualidade, a Gazeta de Notícias, a Revista Moderna, o Diário de Portugal, e fundou a Revista de Portugal em 1889, dando-lhe um critério de observação mais objetivo e crítico da sociedade portuguesa, direcionado principalmente, aos estratos sociais mais altos. Foi em Inglaterra que Eça escreveu a parte mais significativa da sua obra, através da qual se revelou um dos mais notáveis artistas da língua portuguesa. O distanciamento proporcionou-lhe a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa, de onde se destacam O Primo Basílio(1878), O Crime do Padre