Eça de Queirós
Eça de Queirós nasceu bastardo e só quando tinha 4 anos é que os seus pais se casaram.
Foi internado no Colégio da Lapa, no Porto onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra, onde estudou Direito. Terminado o curso passou a viver em Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo.
Dirigiu o jornal “O Distrito de Évora”, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística como redator. Também colaborou na revista "Gazeta de Portugal" onde publicou muitos textos mais tarde republicados no volume das Prosas Bárbaras.
Em 1869 e 1870, Eça de Queirós fez uma viagem de seis semanas ao Oriente (de 23 de outubro de 1869 a 3 de janeiro de 1870), em companhia de D. Luís de Castro, 5.º conde de Resende, irmão da sua futura mulher, D. Emília de Castro.
No Egipto assistiu à inauguração do canal do Suez como correspondente do Diário Nacional. Eça aproveitou as notas de viagem para alguns dos seus trabalhos, o mais notável dos quais o “A relíquia”, “O mistério da estrada de Sintra” que escreveu com a parceria de Ramalho Ortigão bem como “As Farpas”, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa.
Em 1870 ingressou na Administração Pública, sendo nomeado administrador do concelho de Leiria. Foi enquanto permaneceu nesta cidade, que Eça de Queirós escreveu a sua primeira novela realista O Crime do Padre Amaro.
Em 1871, foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.
Iniciou a carreira diplomática em 1873 foi nomeado cônsul de Portugal em Havana. Os anos mais produtivos de sua carreira literária foram passados em Inglaterra, entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu o cargo de cônsulado em Newcastle e Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais