Eça de Queirós-incompleto
Vila do Conde tentou reivindicar para si a glória de ter visto nascer o mais discutido e mais divulgado escritor de língua portuguesa.Porém Eça viu a luz do dia pela primeira vez em Povoa de Varzim aonde residia, na época um parente de sua mãe , Francisco Augusto Soromenho.
Até os cinco anos de idade viveu em casa de sua madrinha , Ana Joaquina Leal de Barros, casada com Antônio Fernandes do Carmo, que não era seu padrinho, pois consta da certidão mandada passar pelo celebrante , que o padrinho varão na cerimônia foi o “ O Senhor dos Aflitos”.
Em Aveiro passou o restante de sua infância em casa de seus avós paternos, sendo seu avô o Dr. Joaquim Queirós e Almeida, desembargador, ex- ministro de estado e sobre o qual foi imputado da pena capital á qual fora condenado por ter-se oposto á realeza de D.Miguel, e conseguindo frustrar a execução da sentença por ter se refugiado no estrangeiro. Isto influiu no seu espírito a convivência com o egresso da forca. Com a morte dos avós em 1850 e 1855, respectivamente, o futuro escritor é internado no colégio da Lapa , no Porto, partindo daí a ligação que através de toda a sua vida manteve com Ramalho Ortigão , filho do diretor e que também lecionava. Tem-se noticia de que em 1850, Eça residia com o pai, na cidade do Porto, onde este era juiz de Alçada.nesta cidade permaneceu até 1861, concluindo seus preparatórios para ingressar na Universidade de Coimbra, o que fez com excepcional brilhantismo passando a cursar o primeiro ano de direito. Ao relacionar-se com Teófilo Braga, Antero de Quental, Rodrigo Veloso, Vieira de Castro , Castelo Branco, Manuel de Arriaga, João Penha , Lourenço
Pinto, José Falcão, Alberto Sampaio e outros. Inicia-se assim a fomentação no seu espírito, nas idéias, que mais tarde fizeram de Eça o mais imaginoso e mais sutil dos autores portugueses. Representando peças teatrais na Faculdade, quase todas traduzidas do francês,