Extremo oriente
"A humanidade é uma. As civilizações, muitas". (Franz Boas, antropólogo norte-americano) sexta-feira, 1 de julho de 2011
As grandes civilizações do Extremo Oriente: Índia e China
Pintura em tumba do período Han
* Introdução. Durante os mesmos séculos em que, na bacia do Mediterrâneo, deu-se o apogeu e a decadência da Grécia e de Roma, a organização de reinos germânicos e a formação do império árabe, no Extremo Oriente a Índia e a China desenvolveram alto grau de civilização.
Na Antiguidade, raros, porém, haviam sido os contatos entre os povos do Ocidente e do Extremo Oriente. Alexandre Magno não havia ultrapassado o rio Indo; os romanos haviam conseguido manter apenas um comércio muito irregular com a China, para a obtenção da valiosíssima seda (séculos II-III d.C.).
Foi somente a partir dos árabes que se estabeleceram contatos mais significativos com as longínquas regiões orientais, quando suas caravanas e navios mercantes conseguiram manter um comércio de certa forma estável e regular. Aproximando assim dois mundos até então distanciados um do outro, os árabes desempenharam importante papel histórico.
1. Índia भारत
Sabemos que a mais antiga civilização da Índia - testemunhada pelas ruínas de Mohenjo-Daro e Harapa - transformou-se, por volta de 1600 a.C., com a invasão de povos provenientes do sudoeste da Ásia.
Estes povos, os árias, indo-europeus, vindos talvez das regiões do Cáucaso, estabeleceram-se às margens do rio Ganges, ampliando, nos séculos sucessivos, sua área de influência até a região da atual Nova Délhi, e impondo-se às primitivas populações com a introdução de técnicas agrícolas, artesanais e militares muito desenvolvidas. Já no século III a.C., sob o rei Asoka, a Índia formava um grande reino unificado.
* Sociedade. A sociedade da Índia, que se fora aos poucos estruturando, dividia-se em rígidas camadas sociais, as castas, consideradas de instituição divina. As pessoas pertenciam a uma