Extratos e tinturas
Extratos são preparações concentradas, de diversas consistências possíveis, obtidas a partir de matérias-primas vegetais secas, que passaram ou não por tratamento prévio (inativação enzimática, moagem, etc.) e preparadas por processos envolvendo um solvente. Isso implica basicamente em duas etapas no processo de fabricação: a separação dos compostos específicos de um meio complexo (a droga, ou parte da planta utilizada, raiz, caule, folha) com utilização de um solvente; e a concentração, por eliminação mais ou menos completa dos solventes.
As tinturas são definidas como soluções extrativas alcoólicas ou hidroalcoólicas, preparadas a partir de matérias-primas vegetais, ou ainda como “extratos” de plantas preparadas com etanol e misturas hidroalcoólicas em várias concentrações. As tinturas podem ser preparadas a partir de plantas classificadas como heróicase ou não heróicas. As tinturas também podem ser classificadas como simples ou compostas, dependendo do número de espécies vegetais empregadas no seu preparo.
2) Quais as principais metodologias para extração de constituintes fixos?
Maceração: Consiste na extração do material vegetal em recipiente fechado a temperatura ambiente por um período prolongado, sob agitação ocasional. Geralmente o líquido extrator consiste em etanol, metanol e soluções hidroalcoólicas. Solventes muito voláteis devem ser evitados, bem como água ou misturas hidroalcoólicas inferiores a 30%.
Percolação: Extração exaustiva das substâncias ativas. A planta é colocada em um percolador através do qual é passado o líquido extrator. É indicada para substâncias muito ativas farmacologicamente, presentes em pequena quantidade ou de baixa solubilidade.
Infusão: A extração se dá pela permanência durante certo tempo da substância a ser extraída em água fervente em um recipiente fechado. Utilizado com matérias vegetais de estrutura mole (ex. flores).
Decocção: Consiste em manter o vegetal em contato durante