O Papel da Política e a Condição dos Pobres A política é uma outra dimensão não econômica da estratificação, ela pode reestruturar a estrutura de classes ao mudar as leis de propriedade ou assegurar benefícios e redistribuir renda por meio de impostos. O Processo de industrialização e modernização econômica no Brasil teve seu arranque em 1950 com o plano de metas do governo Juscelino Kubitschek e em 1964 com a ditadura militar o estado passou a investir mais na economia, utilizando empréstimos que resultaram em uma enorme dívida externa. Essa política gerou um forte crescimento econômico porém lado a lado com o aumento da desigualdade social, defensores da democracia culpavam o governo pelo aprofundamento do que chamavam de “dívida social”, com principais causas encontradas na centralização das decisões e dos recursos em nível federal, ineficiência do gasto social, má qualidade de serviços oferecidos aos pobres. A constituição de 1988 adotou vários princípios para que fossem observados afim de promover uma reforma social eficaz. Entre eles destacam-se: universalização dos serviços sociais básicos , a descentralização, a criação de emergência para grupos em situação de risco. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), ouve uma grande reforma no sistema de proteção social, áreas como educação e saúde privilegiadas entretanto, por outro lado não se formulou uma politica de saneamento básico nem de habitação popular. Mesmo com alguns avanços na formulação das politicas sociais, no governo Fernando Henrique não foram estabelecidos os mecanismos de acompanhamento e avaliação capazes de verificar seu impacto na luta pela redução da pobreza. Contudo pode-se constatar que esse grupo de politicas sociais resultaram em uma melhoria de indicadores sociais que não foram acompanhada de uma redução da desigualdade. Em linhas gerais podemos afirmar que as politicas sociais focalizadas para os pobres tiveram pouca eficácia de 1960 a