Extensão universitária no sentido do ensino e da pesquisa
O presente artigo pretende contribuir com uma reflexão cujo propósito central foi problematizar a concepção de Extensão por meio da relação que estabelece com o ensino e a pesquisa. Os posicionamentos diversos quanto ao entendimento de Extensão eram evidentes. Mas apesar dessa imprecisão, a revisão bibliográfica apontava que não havia ampla produção acadêmica em torno do seu significado.
Para uns, a pesquisa e a busca de novos conhecimentos devem constituir o ponto central dos trabalhos universitários; para outros, a docência deve constituir a preocupação maior dos docentes; e há ainda os que, além de valorizarem as duas funções, também valorizam a Extensão como instrumento da relação da Universidade com a sociedade.
O dinamismo que a universidade recebeu com a introdução da pesquisa, entretanto, por si só, não assegurou a integração com o meio. Para sanar esta contradição foi pensada uma terceira função: a Extensão Universitária, criada com a finalidade e a expectativa de realizar o compromisso social da universidade. Na temática Função Social da Universidade, há um entendimento que a limita na esfera da Extensão Universitária, ou seja, a análise a respeito da responsabilidade social da Universidade em geral apresenta a Extensão como a “porta de entrada” da instituição em relação às temáticas sociais.
Instituições Federais de Ensino Superior estabelece: “A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e cientifico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre universidade e sociedade”.
Ou seja, ensino com a extensão representa tratar o conhecimento criativamente, em forma de reflexão ativa sobre a realidade, reelaborando-se o saber que emerge da realidade. O ensino, com base no concreto, situado e datado, passa, então, a fazer da sala de aula o lugar de “acontecimentos do mundo”. Pesquisa com extensão, por sua vez, representa a