Exposição Ocupacional ao Frio
Definimos como temperatura do núcleo do corpo, aquela a que estão submetidos os órgãos internos do corpo, medida com uso de termômetro retal, em hospitais, o termômetro esofageal é mais usado para monitorar a temperatura interna.
Para que as características funcionais orgânicas sejam preservadas esta temperatura deve ser mantida em torno de 37ºC, que corresponde à soma do calor produzido internamente, mais o ganho ou perda de calor do ambiente, sendo que no caso de perda de calor por um corpo deveremos chamá-la de taxa de resfriamento, e que se dá geralmente com a imersão em água fria ou com a exposição a baixas temperaturas do ar com ventos fortes e usando vestimenta úmida, como a condutividade térmica da água é cerca de 20 vezes maior do que a do ar ocorre mais rápido em água fria. Devemos considerar ainda a temperatura equivalente de resfriamento, que resulta da combinação da temperatura do ar e velocidade do vento.
Na exposição ao frio a manutenção da temperatura do núcleo do corpo ocorre através da diminuição da perda de calor (vasoconstrição periférica), aumento da produção de calor (tremores) ou aumento da atividade física; no caso de exposição prolongada ao frio, ocorre a vasodilatação induzida pelo frio para preservar as funções nas extremidades do corpo. De acordo com a exposição (tempo e temperatura) podemos ter lesões congelantes e não-congelantes (hipotermia). Ver tabelas a seguir:
TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA NA AGUA FRIA
SINAIS CLÍNICOS PROGRESSIVOS DA HIPOTERMIA
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO FRIO – RISCO FÍSICO
Diversas atividades laborais expõem os trabalhadores aos danos causados pelo frio. Destacamos atividades realizadas em câmaras frigoríficas, trabalhos de embalagem de carnes e demais alimentos, operação portuária, nas quais se manuseiam as cargas congeladas e outros.
O trabalho em ambientes extremamente frios se constitui num risco potencial à saúde dos trabalhadores, podendo causar