EXPOSICÕES MUNDIAIS
Celina Midori Murasse 2
As instituições escolares são, em geral, consideradas como objetos de estudo específicos da ciência da educação e as pesquisas, que as tomam como ponto de partida e de chegada de suas investigações, restringem-se ao estudo da documentação oficial existente sobre as mesmas e, justamente por isso, pouco ou nada contribuem para a compreensão dos homens e das sociedades que as produziram. Todavia, a pesquisa educacional efetivamente compromissada em desvelar o destino das sociedades deve extrapolar a dinâmica interna dos estabelecimentos de ensino e considerar os homens enquanto seres que vivem em constante processo de transformação e que modificam o conjunto de suas instituições em resposta às contínuas mudanças desencadeadas no mundo que os cercam. Nesta perspectiva, o específico – neste caso a instituição escolar – é visto como uma forma de realização do geral e, justamente por isso, o específico não se explica por si mesmo; ele só se explica a partir do geral. Nesta perspectiva, os estabelecimentos de ensino deixam de ser objetos de estudo exclusivos de uma ciência em particular e passam a ser considerados enquanto resultantes de necessidades historicamente determinadas pela ação de homens, isto é, como a “síntese de múltiplas determinações” 3, expressão cunhada por MARX.
Esta abordagem, que se fundamenta no método histórico, amplia, e muito, o âmbito da pesquisa sobre as instituições escolares pois possibilita a utilização de fontes tais como obras gerais, históricas, sociológicas, filosóficas, econômicas, literárias, biográficas, publicações periódicas, além, evidentemente, das educacionais. São essas inúmeras fontes que fornecem os elementos que permitem tecer as relações travadas pelos homens numa determinada época. Este encaminhamento metodológico assemelha-se ao indicado por VENÂNCIO FILHO, ao argumentar que a História