Definição teórica de radioproteção
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Normas e instituições de controle Procedimentos de proteção radiológica ou de radioproteção têm como objetivo proteger o ser humano dos efeitos nocivos da radiação ionizante para que ele possa usufruir dos benefícios dessa radiação com segurança. Os perigos da radiação são conhecidos praticamente desde que se começou a usá-la na indústria e medicina. Foi a partir da experiência adquirida ao longo desses anos que desenvolveu-se e continua-se a desenvolver as normas que regulamentam o uso das radiações nos diferentes campos. As guerras mundiais contribuíram para o desenvolvimento dos procedimentos de radioproteção, porém a um alto custo humano devido à elevada exposição de alguns grupos à radiação. Durante a Primeira Guerra Mundial, apesar do conhecimento que já se tinha dos efeitos da exposição à radiação, muitos casos de leucemia devido a alta exposição à radiação em hospitais e indústrias foram relatados. A construção do primeiro reator nuclear, em 1942, e os testes e usos de bombas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial ofereceram várias oportunidades de estudo dos efeitos da exposição controlada e acidental à radiação. Organizações nacionais e internacionais determinam normas de segurança e padrões de proteção radiológica visando a segurança daqueles que trabalham com radiação e do público em geral. Uma das organizações internacionais mais importantes é a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP - International Comission on Radiation Protection) criada ainda no início do século XX. No Brasil o órgão responsável pela regulamentação e padronização de normas é a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O principal instrumento de implementação de um programa de proteção radiológica em um serviço é o plano de radioproteção. O plano de radioproteção da instituição abrange diversos aspectos, desde metodologias de monitoração ambiental e individual e controle de qualidade dos equipamentos a procedimentos para situações de emergência e