Exploração das potencialidades da biosfera
Controlo de Pragas
Praga – abundância de indivíduos de uma espécie indesejável para o ser humano. As pragas disseminam doenças, competem pelo alimento, invadem campos de cultura e jardins ou são, simplesmente, incómodas. Em ecossistemas naturais e agrossistemas de policultura, as populações das espécies consideradas como pragas encontram-se em equílibrio dinâmico com as populações de predadores e de espécies patogénicas e os danos que causam a estes sistemas não são muito graves. Em agrossistemas de monocultura, a falta de biodiversidade limita as interacções entre diferentes populações e as pragas tornam-se um problema grave que é tradicionalmente combatido pela aplicação de agentes biocidas. Pesticida – produto químico utilizado no controlo de pragas. Os biocidas, dependendo da sua composição, actuam a diferentes níveis: reguladores de crescimento, inibindo-o; inibidores de biossíntese de ácidos nucleícos, lípidos ou pigmentos; inibidores do desenvolvimento de plântulas; inibidores de fotossíntese; desorganizadores da membrana plasmática. Os pesticidas caracterizam-se pelo seu espectro de acção e persistência. Espectro de acção – está relacionado com a quantidade de espécies para as quais é tóxico. Persistência – é dada pelo intervalo de tempo que permanece activo. Pesticidas com grande persistência podem permanecer activos durante alguns anos e pesticidas com baixa persistência são activos durante algumas horas. A utilização de pesticidas, embora permita aumentar a produtividade agrícola e combater a expansão de certas doenças, apresenta desvantagens: leva ao desenvolvimento de variedades resistentes por um mecanismo de selecção natural dirigida. O desenvolvimento destas variedades resistentes é tanto mais rápido quanto mais curto for o ciclo reprodutor da espécie; afecta outros organismos, incluindo, por vezes, os predadores naturais das pragas, introduzindo