Memórias de um orientador de tese: um autor relê sua obra depois de um quarto de século
Samuel de S. Fernandez
Cláudio Moura Castro nasceu no Rio de Janeiro em 1938, possui graduação em Economia pela UFMG, mestrado pela Universidade de Yale, doutoramento na Universidade de Vanderbilt (em Economia). Ensinou na PUC/Rio, Fundação Getúlio Vargas, Universidade de Chicago, Universidade de Brasília, Universidade de Genebra e Universidade da Borgonha.
O autor trata inicialmente a respeito das teses (dissertações) de mestrado das quais participou em meados da década de setenta, sendo dotadas de grande apreciação entre os acadêmicos da época de modo semelhante ao doutorado nos dias atuais. Entretanto estas teses continham demasiadas doses de apenas uma parte de uma tese considerada apropriada/óbvia, o que levou o autor a descrever o que não é uma tese, a saber: 1) Propostas, planos ou reformas de algum aspecto do sistema escolar; 2) Teses didáticas, cujo obejtivo é preparar um texto didático sobre algum assunto; 3) teses de revisão bibliográfica, nas quais se tenta reconstruir o desenvolvimento empírico ou teórico de alguma área; 4) Teses tipo “levantamento”, nas quais se constatam ou se medem certos parâmetros da realidade; 5) Teses teóricas, nas quais se tenta avançar a fronteira ao nível teórico-analítica; 6) Teses teórico-empíricas, nas quais se relaciona algum modelo teórico com obervações empíricas.
Este último método ganha destaque como o mais eficiente, uma vez que se apoia sobre a díade teoria-realidade e contempla todos os atributos da pesquisa.
Em seguida Castro relata sobre a escolha do tema, não podendo este ser apenas derivado de uma boa ideia, mas sim deve ser original, importante e viável. O um bom tema muito depende também da orientação e dos paradigmas do ambiente universitário frequentado.
Adiante, o autor descreve o cotidiano vivenciado quando orientava suas teses, destacando que não se deve ser pretencioso