Experiências com grupos
No início de 1948, a Comissão Profissional da Clínica Tavistock pediu a Bion. W. R para aceitar grupos terapêuticos, empregando sua própria técnica. É correto afirmar que ele já havia tido certa experiência em tentar persuadir grupos compostos de pacientes e fazer do estudo de suas tensões uma tarefa grupal e assim presumiu-se que a Comissão queria que Bion fizesse isso novamente.
Então, concordando com o que a Comissão pediu, no devido tempo, ele se encontrava numa sala já formada com um grupo de oito ou nove pessoas, às vezes menos, às vezes mais. Então, surge a dúvida no grupo do que eles realmente estão fazendo ali, e qual o verdadeiro papel de Bion naquele circulo, e já que ele formou o grupo e tem certa experiência nisso, alguns ficam intimidados por ele e por sua personalidade, surgindo um desconforto por essa situação deplorável. E com isso cada um assume um papel pela situação e pelo motivo de se juntar ao grupo, com isso, para amenizar a estranheza criada por Bion, um membro toma posição e começa a tomar medidas diante do grupo, tendo algum sucesso, mas como nem todos são tão acessíveis assim e também a aqueles que se irritam com a liderança de outro, surge mais um problema entre tantos que irão surgir no decorrer da experiência. O grupo então passa a examinar cada membro como se realmente procurassem um líder talvez existindo a necessidade de um para dar ordens efetivas, ou o desejo de um líder possa ser para alguma sobrevivência emocional, o caso é que estavam “entrevistando” cada um ali para tal cargo.
A esse ponto o Dr. Bion estava sendo excluído do grupo por suas atitudes egoístas que havia tido anteriormente, por isso de alguma forma ele teve que tomar uma posição e atribuir ideias ao grupo dando alguma contribuição.
Agora já chega o ponto em que todos se conhecem e passam a contar historias da sua vida e detalhes do cotidiano, alguns ainda têm o medo de serem excluídos pelo grupo pela fala desinteressante e