Experiência e Pobreza: análises de Benjamim
O texto de Walter Benjamin “Experiência e Pobreza” conduz refleções a cerca do processo de empobrecimento de cunho humanista da sociedade contemporânea - principalmente a respeito das relações sociais e experiências transmitidas. Os indivíduos são acometidos por um processo de massificação, em que se veêm, não como homens, mas objetos indistintos que vivem apenas em função de suas forças produtivas e a aceleração dos serviços do capitalismo.
Para Benjamin, a arte é fortemente influenciada por este processo. Com a entrada dos meios de produção em grande escala no cenário da arte, as obras irão perder o que o autor denomina de “aura”. Esta será definida como as características particulares da obra de arte que incluem o tempo e o espaço de sua construção e a história que se desdobra a partir dela que constitui o conteúdo de sua autenticidade, em que se enraíza uma tradição que identifica a esse objeto sempre igual e idêntico a ele mesmo.
Deste modo, a partir da produção em massa, Benjamin ressalta o declínio da aura da obra como caráter da arte contemporânea. Constata-se que as artes clássicas estão pouco acessível e não são expostas com frequências ou em qualquer local, pois a importância da obra estava ligada à função do culto. Na modernidade, ocorre a necessidade de tornar as obras mais próximas (consumíveis) ao público, retirando as obras de seu invólucro e tendo sua autenticidade e unidade superadas pelo o que Benjamin determina de “reprodutividade técnica”.
Logo, assim que se multiplica esta reprodução, ocorre uma substituição da existência única da obra de arte pela existência serial. Benjamin ressalta este processo como a perda da troca de experiências, que garantem a catarse (sensações de emoções e sentidos) à obra de arte. O autor conclui: “Sim, admitamos,essa pobreza de experiências não é uma pobreza particular, mas uma