experiêcias

Diversos estudos revelam que a dança é uma arte muito antiga como a própria vida humana, ela nasceu da expressão das emoções primitivas, nas manifestações e nas comunhões místicas entre homens com a natureza. PORTINARI (1989), defende que o homem, como ser social e religioso, sempre sentiu necessidade de se comunicar com os seus semelhantes, e para isso, antes de dominar a linguagem e de usar a expressão oral como meio de se comunicar, recorreu ao próprio corpo para estabelecer contacto com as divindades e comunicar-se com os seus semelhantes.
No caso concreto de Moçambique, a dança sempre esteve ligada ao homem, em diversos aspectos sociais, tais como a morte, a guerra, a comemoração, a religião, a educação e o amor, como uma forma de viver onde o homem se afirma e se relaciona em comunidade.
A dança, considarada um dos meios de comunicação mais antigo e universal, pelo facto de conjugar na sua execução vários elementos que são usuais e comuns no dia-a-dia do homem, com diversos significados como o canto, o gesto, o movimento, constitui o leit motiv na construnção social e desenvolvimento da história da humanidade, asssim como no crescimento económico duma sociedade.
A dança desde os tempos foi um meio de comunicação no processo de trasmissão de mensagens. Ainda hoje continua a desempenhar essa função. Vejamos por exemplo no caso da morte. Em algumas comunidades, a dança continua a ser usado para acompanhar as cerimónias fúnebres. Enquanto a urna é depositada na cova, pode existir um grupo de dança a apresentar um espectáculo em honra do/a falecido/a.
A apresentação do dança tem como objectivo proteger os mortos ou os vivos contra espíritos maus ou constituindo-se numa dança que possibilite ao morto um (re)encontro com os seus antepassados e garantia do retorno ao mundo dos vivos.
A dança também constitui um veículo de educação e de transmissão de valores e normas na sociedade, assim como de conhecimentos sobre as relações de poder e do funcionamento da