Expedição
O estudo visa o aproveitamento de resíduos agro-florestais e agro-industriais, como por exemplo, o bagaço de cana, biomassa abundante em várias regiões brasileiras e principalmente no estado de São Paulo. Objetiva também o desenvolvimento do processo de pirólise rápida de biomassa para a otimização da produção de líquidos (bio-óleo). Área na qual o Brasil ainda é muito incipiente embora tenha tradição em processos de pirólise lenta (carbonização) para produção de sólidos (carvão vegetal). A tecnologia a ser utilizada é o reator de leito fluidizado em regime de pirólise rápida (curto tempo de residência dos vapores no interior do reator), equipamento já existente. Este equipamento sofrerá uma modificação no seu sistema de recuperação de voláteis com a adição de um novo módulo para condensação do bio-óleo com alta eficiência. O bio-óleo é fonte de insumos químicos renováveis, como a fração fenólica para produção de resinas fenólicas e, pode ser usado como bio-óleo combustível na geração de energia em aplicações estacionárias substituindo o óleo combustível e o diesel, recursos não-renováveis.
A pirólise é a decomposição térmica na ausência de oxigênio. É a primeira etapa dos processos de combustão e gaseificação. A pirólise da biomassa produz gás, líquido e sólido. O gás é composto de monóxido de carbono, dióxido de carbono e hidrocarbonetos leves. O líquido de coloração escura é chamado de bio-óleo e o sólido de carvão vegetal. Os rendimentos e a qualidade dos produtos são influenciados pelas condições operacionais empregadas. A pirólise recebe diferentes denominações dependendo das condições utilizadas. Na pirólise lenta, ou carbonização, são empregadas baixas temperaturas e longos tempos de residência favorecendo a produção de carvão vegetal. Altas temperaturas e longos tempos de residência favorecem a formação de gases. Temperaturas moderadas e baixo tempo de residência dos gases favorecem a produção de líquidos (bio-óleo).
A pirólise lenta,