Expectativa e tomada de decisão no Capitalismo
Dequech define incerteza “... como uma situação na qual o conhecimento, devido à escassez de evidência, é incompleto e não confiável como um guia de conduta”. Incerteza fundamental não implica completa ignorância acerca de todos os eventos que estão por ocorrer futuramente, porém diz respeito aos eventos fundamentalmente relevantes para o processo de tomada de decisões. Podem ser identificadas duas fontes de incerteza na economia: uma, relacionada a eventos inesperados, tais como choques internos e externos sobre a economia e erros de previsão a respeito da política econômica, e outra, relacionada à falta de compreensão dos agentes econômicos quanto aos objetivos de longo prazo para política monetária.
Na ausência do pleno conhecimento necessário acerca de eventos que ainda estão por acontecer e/ou por imprecisão acerca da maneira como a economia funciona e é afetada por ações de políticas econômicas, os agentes formam expectativas e, com algum grau de confiança nessas expectativas, definem o “estado de expectativas” no qual as decisões irão se basear.
As tomadas de decisões estão diretamente ligadas às ações de uma pessoa, ao fazer ou não fazer. O grande problema em se tomar uma decisão está na questão de não conhecer aquilo que vem a sua frente e que te torna inseguro de agir. Quando conhecemos mais sobre o nosso passado e presente temos mais segurança em tomar as devidas decisões. Pensando pelo lado das organizações, a tomada de decisão é o processo cognitivo pelo qual se escolhe um plano de ação dentre vários outros, que na economia temos como um trade-off.
Segundo Keynes “... quanto menos o homem conhece a respeito do presente, mais inseguro terá de mostrar-se seu juízo sobre o futuro.” Para que se possa avaliar e esperar algo referente ao futuro, deve-se no presente fazer com que o futuro seja mais certo, pois não se pode prevê-lo, apenas criar expectativas acerca de como será.
Keynes afirma que o os