Todas as cidades têm tendência para crescer, porque as funções urbanas por elas exercidas exigem um número de pessoas cada vez maior. Este crescimento realiza-se de duas formas: por acumulação ou por projeção para o exterior, dependendo das épocas, do desenvolvimento técnico, financeiro e das relações que se estabelecem entre as cidades e as áreas limítrofes. Inicialmente, é espontâneo e anárquico, mas nos estados modernos é cada vez mais legislado. O tipo mais simples de expansão urbana é o de aglutinação. No interior da cidade todo o espaço é ocupado progressivamente e constrói-se também o mais próximo possível das portas da cidade. A cidade expande-se, podendo resultar numa aglomeração tipo linear, em forma de estrela ou em orla, tudo dependendo das direções que são privilegiadas pela rede de comunicações e de transportes que as diferentes classes sociais têm ao seu dispor. Posteriormente, criam-se vias de comunicação transversais, que se tornam áreas de urbanização e onde os terrenos agrícolas vão sendo invadidos por construções urbanas. Digamos que a periferia de quase todas as cidades se expande como uma mancha de óleo. Para lá dos espaços de construção contínua, nas aldeias, vilas ou pequenas cidades, situadas junto de importantes vias de comunicação, aparecem justapostos à habitação tradicional loteamentos mais ou menos compactos com imóveis em altura, que mostram a expansão urbana em implantação sobre o tecido rural e que ocorre de múltiplas formas. É a revolução industrial e o emprego que a cidade promove que faz crescer as cidades de forma significativa. Desde então tornou-se um fenómeno irreversível e, pela primeira vez na História, nos países industrializados, a população urbana ultrapassa a população rural. A evolução dos transportes contribuiu de forma significativa para este fenómeno, especialmente o desenvolvimento dos transportes urbanos. Estes possibilitaram aumentar a distância no percurso casa-trabalho, levando à expansão das cidades para a