O existencialismo foi um movimento intelectual, social e literário surgido no pós-guerra, onde os filósofos existencialistas, desde Kierkegaard até Sartre, procuram repensar a existência humana e destacar a liberdade individual. Criam situações nas quais os indivíduos vivem em um universo absurdo, sem sentido, em que os homens são dotados de vontade própria. Entre os principais pensadores estão Soren Kierkegaard(considerado o “pai do existencialismo”), Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Albert Camus e Martin Heidegger. Para os autores existencialistas a vida é para ser vivida. No contexto existencialista, tomando sobre seus ombros o peso que precisa suportar em sua existência, o homem sente a náusea de viver, uma atitude que nasce quando ele descobre a incontingência de si e do que o cerca. O homem é livre, mas sua liberdade permanecerá vazia se não estiver repleta de significado. O livro “O Estrangeiro”, grande obra de Albert Camus, é um bom exemplo dos pensamentos existencialistas. O personagem central, chamado Meursault, é uma pessoa que não se guia por ideais (nas palavras de Nietzsche ele é um niilista passivo) e demonstra indiferença e descrença nos valores predominantes da sociedade. Ele leva uma vida anômica, onde a existência é dotada de absurdo e nada possui um sentido prévio. No Brasil, pode se tomar como referência o poeta Carlos Drummond de Andrade. Ao ler suas obras é extremamente visível que Drummond tratava de questões existencialistas. Como, por exemplo, em seu poema “Relógio do Rosário”, no qual diz: “Nem existir é mais que um exercício de pesquisar de vida um vago indício, a provar a nós mesmos que, vivendo, estamos para doer, estamos doendo.” Portanto, pode-se concluir que o existencialismo foi um movimento extremamente marcante e que está muito presente nos dias atuais. Exerceu uma grande influência na psiquiatria, na literatura e na teologia. Quando surgiu, foi considerado algo muito inovador, pois desafiava os valores