Existencialismo
É uma teoria muito contestada por envolver a questão de não existência de um ser superior ao qual se deve obedecer e o qual guia a vida humana. Também é contestada por quem alega ser uma teoria de quietismo; mas a verdade é que a teoria responsabiliza toda, completa e somente o homem pela sua vida.
Concordo que o homem é responsável por si, por suas ações. O que ele se torna é culpa dele e dele apenas. Há influências exteriores, mas ele é quem escolhe se irá segui-las ou não. Não há desculpas para sua vida; se algo deu errado e ele foi o culpado, assim será, sem colocar a culpa em destino e vontade de outrem. O ser é livre para fazer o que quiser, porém, é limitado a fazer o que a liberdade do próximo permite; mas ao escolher respeitar a liberdade do próximo, está decidindo sua vida (assim como quem escolhe desrespeita-la, está também escolhendo seu destino). É como fazer algo contra a lei: você pode escolher segui-la, respeitá-la; mas também pode escolher quebra-la, estando ciente das consequências para ambas as escolhas.
O fato de tirar do foco da existência humana um ser superior a todos, o criador, deixa muitos revoltados. Há quem prefira ficar na comodidade de saber que, não importa o que faça, sua vida está decidida, o futuro já está escrito e, não importa o que acontecer (seja bom ou ruim), já estava premeditado. Aí cabem as desculpas; o homem não é totalmente responsabilizado por algo, ele escolhe encontrar a culpa em outro. “Era pra ser assim”, “Talvez seja para o melhor”. Uma coisa só será para seu melhor se você o fizer. Se apenas sentar e observar, nada