existencia de deus
Texto 1: Existência de Deus
“Olhando para o seu próprio ‘eu’, que é tudo o que lhe resta neste momento, Descartes descobre que tem uma ideia de perfeição. Deus define-se como o ser mais perfeito que é possível imaginar; ou, na mais famosa formulação do argumento. Argumenta, então, que uma tal ideia implica uma causa. No entanto, a coisa que originou essa ideia deve possuir tanta ‘realidade’ como ela, e isso inclui a perfeição. Isto implica que só uma causa perfeita, isto é, Deus, pode servir. Por isso, Deus existe e legou-nos a ideia de perfeição como um sinal inato da sua ação nas nossas mentes, assim como um artesão deixa a sua marca gravada no seu trabalho.”
De acordo com o argumento ontológico, Deus define-se como o ser mais perfeito que é possível imaginar; ou, na mais famosa formulação do argumento, a de Santo Anselmo (1033-1109), Deus define-se como “aquele ser maior do que o qual nada pode ser concebido”. A existência seria um dos aspectos desta perfeição ou grandiosidade. Um ser perfeito não seria perfeito se não existisse. Consequentemente, da definição de Deus seguir-se-ia que Deus existe necessariamente, tal como se segue da definição de um triângulo que a soma dos seus ângulos internos será de 180 graus. (Simon Blackburn, Pense – Uma Introdução à Filosofia, Gradiva, 2001, pág. 42.)
O texto vai abordar a tentativa cartesiana de provar a existência de Deus através da imperfeição do ser, provando-nos a existência de um deus perfeito.
No trecho extraído de uma de suas obras que prova a existência de deus, O Discurso do Método, ele nos prova a existência do mesmo, sendo deus um ser perfeito, todo poderoso e supremo.
Já que nenhum homem possui tais perfeições, deve existir algum ser perfeito que é a causa dessa nossa ideia de perfeição. Esse ser é Deus.