Exercício do poder senhorial
* Graus de Nobreza
Havia vários graus de nobreza, como o principal protagonista da origem do poder senhorial era a nobreza senhorial.
Haviam os infanções que delegavam funções públicas de governação de terras e castelos, mais tarde o termo “infanções” caiu em desuso, sendo substituído por “fidalgo”.
Existiam outros graus de nobreza que eram ocupados pelos cavaleiros que ocupavam a mesma ordem militar da cavalaria, os mesmos dedicavam-se à guerra e deveriam cumprir um código de honra e de cortesia, mas isso nem sempre era respeitado.
Nas épocas de crise, os cavaleiros assaltavam os peregrinos, viajantes, igrejas e mosteiros.
Havia também os escudeiros, onde nem todos eram nobres, e os escudeiros não fidalgos que acompanhavam o seu cavaleiro e ajudavam-no a vestir as suas armas e a combater.
* A natureza do Poder Senhorial
O Poder Senhorial caracterizava-se sobretudo pelo exercício de funções militares, jurisdicionais e fiscais, ou seja, o poder senhorial estava ligado sobretudo ao poder político, mas além disso o mesmo baseava-se também na posse de armas e no comando militar.
O Poder Senhorial estava ligado ao Poder Banal, onde conferia aos senhores o comando sobre os habitantes de um senhorio.
Faziam-se exigências de multas judiciais que estavam relacionadas com o exercício de justiça por parte do senhor, havendo assim exigências fiscais:
- Banalidades – Uso de instrumentos de produção e realização de actividades ligadas ao comércio e transportes
- Lutuosa e Manaria – Espécie de impostos de sucessão
O Poder Senhorial foi transformado num fator de prestígio e de enriquecimento para os fidalgos e ricos-homens, que assumiram poder local na região do Norte Atlântico.
Com a evolução da Reconquista no centro e sul de Portugal, constituíram-se senhorios nobres que eram as honras e os eclesiásticos que eram os coutos.
A diferença entre ambos deve-se à imunidade conquistada que era