Exercicos Interpretacao Texto
De repente, o paizão legal, moderno e de espírito jovem, não consegue entender certos comportamentos do filho. A linguagem de um e outro já não a mesma, e os valores então... Ele está ficando velho? Deve adequar-se aos novos tempos?
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 até 16.
Observação: As respostas poderão ser escritas em seu caderno ou em um folha de papel A-4.
O CASAMENTO
— Eu quero ter um casamento tradicional, papai.
— Sim, minha filha.
— Exatamente como você!
— Ótimo.
— Que música tocaram no casamento de vocês?
— Não tenho certeza, mas acho que era Mendelssohn. Ou Mendelssohn é o da Marcha Fúnebre? Não, era
Mendelssohn mesmo.
— Mendelssohn, Mendelssohn... Acho que não conheço. Canta alguma coisa dele aí.
— Ah, não posso, minha filha. Era o que o órgão tocava em todos os casamentos, no meu tempo.
— O nosso não vai ter órgão, é claro.
— Ah, não?
— Não. Um amigo do Varum tem um sintetizador eletrônico e ele vai tocar na cerimônia. O Padre Tuco já deixou.
Só que esse Mendelssohn, não sei, não...
— É, acho que no sintetizador não fica bem...
— Quem sabe alguma coisa do Queen...
— Quem?
— O Queen.
— Não é a Queen?
— Não. O Queen. É o nome de um conjunto, papai.
— Ah, certo. O Queen. No sintetizador.
— Acho que vai ser o maior barato!
[...]
— Eu sei que não é da minha conta. Afinal, eu sou só o pai da noiva. Um nada. Na recepção vão me confundir com um garçom. Se ainda me derem gorjeta, tudo bem. Mas alguém pode me dizer por que chamam o nosso futuro genro de Varum?
— Eu sabia...
— O quê?
— Que você já ia começar a implicar com ele.
— Eu não estou implicando. Eu gosto dele. Eu até o beijaria na testa se algum dia tirasse aquele capacete de motoqueiro.
— Eles nem casaram e você já está implicando.
— Mas que implicância? É um ótimo rapaz. Tem uma boa cabeça. Pelo menos eu imagino que seja cabeça o que ele tem debaixo do