Exercicios Resistidos
Nas últimas décadas tem ocorrido evolução importante nos conhecimentos sobre as ciências básicas do exercício físico, e também sobre a importância da atividade física em promoção de saúde, intervenção terapêutica e reabilitação. Uma necessidade atual é a integração dessas áreas do conhecimento, para que possamos utilizar os exercícios físicos da forma mais eficiente e segura, em cada situação 13. Talvez as mais substanciais mudanças de conceitos resultantes da evolução do conhecimento sejam as relativas aos exercícios resistidos, também conhecidos como exercícios contra resistência, exercícios de fortalecimento muscular, exercícios com pesos, e mais popularmente, musculação. A expressão “exercício resistido” decorre da tradução do inglês “resistance” ou “resistive” – “exercise” ou “training”.
Exercício resistido pode ser defindo como contrações musculares realizadas contra resistências graduáveis e progressivas. A resistência mais comum são os pesos, mas também é possível utilizar resistência hidráulica, eletromagnética, molas, elásticos e outras. Em meados do século XX, uma noção amplamente difundida entre leigos e mesmo entre profissionais era a de que os exercícios resistidos produziam muitas lesões, diminuíam a flexibilidade e a coordenação, eram perigosos para cardiopatas, dificultavam o crescimento dos adolescentes, levavam à impotência sexual, além de serem inúteis para a promoção de saúde. Tais conceitos não tinham base em evidências, e foram sendo abandonados ao longo do tempo. A observação e o estudo dos efeitos do treinamento resistido em atletas evidenciaram a sua eficiência para aprimorar o desempenho físico e para diminuir a incidência de lesões esportivas. Supostas conseqüências indesejáveis com relação à saúde nunca foram documentadas, e efeitos saudáveis foram sendo reconhecidos. Cada vez mais a eficiência em estimular a integridade e as funções do aparelho locomotor tem sido demonstrada, e mais recentemente, os seus efeitos