Exame fisico da tireoide
TEMAS DE ENSINO MÉDICO
O EXAME FÍSICO DA TIREÓIDE
THYROID EXAM
Léa M. Z. Maciel
Docente. Divisão de Endocrinologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP CORRESPONDÊNCIA: Av. Bandeirantes, 3900 / 14048 - 900 - Ribeirão Preto – SP / FAX: (16) 6331144 / e-mail: lmzmacie@fmrp.usp.br
Maciel LMZ. O exame físico da tireóide. Medicina (Ribeirão Preto) 2007; 40 (1): 72-77.
RESUMO: O exame físico da tireóide é considerado difícil para uma grande maioria de médicos e deverá fazer parte da avaliação sistemática de um paciente pois, muitas vezes, só através dele é possível fazer diagnósticos de distúrbios tireoidianos. Ele compreende a inspeção, palpação e ausculta. A glândula normal, geralmente, não é visível. Para a realização da palpação é imprescindível a correta localização anatômica da glândula. O tamanho dos lobos, assim como sua consistência e mobilidade, a presença de dor ou alterações de sua superfície devem ser assinalados. Com dados da palpação, a tireóide será classificada como de tamanho normal ou aumentado (bócio) e se este bócio é difuso ou nodular. Caso um nódulo ou mais nódulos sejam palpados, o bócio é classificado em bócio uninodular e bócio multinodular, respectivamente. A ausculta da glândula é reservada a pacientes que apresentam sintomas e/ou sinais de hipertireoidismo. Descritores: Glândula Tireóide. Exame Físico.
1- INTRODUÇÃO O exame sistemático da glândula tireóide deve fazer parte do exame físico por duas razões principais: 1) A palpação é a única maneira para a detecção de certas doenças de tireóide e para o início da investigação etiológica. 2) A determinação do tamanho, consistência, presença de nodulações ou dor na glândula freqüentemente é necessária para uma adequada interpretação da história, de outros achados do exame físico geral, assim como dos resultados laboratoriais. Alguns exemplos são ilustrativos de situações clínicas nas quais o exame da tireóide