tireoide
Os distúrbios da tireoide acometem cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo mais frequente em mulheres que nos homens, 10% das mulheres adultas apresentam algum distúrbio no metabolismo tireoidiano, e 50% das mulheres com mais de 50 anos apresentam algum nódulo tireoidiano sintomático ou assintomático. Estima-se que a incidência do carcinoma de tireoide varie entre 0,5 e 10 sobre 100 mil habitantes, está estimativa é mundial (CAMACHO; GHARIB; SIZEMORE, 2008).
Há décadas atrás a carência de iodo foi caracterizada como sendo a responsável por distúrbios da tireoide e bócio em diferentes regiões do mundo, o impacto de alimentos e nutrientes sobre o metabolismo tireoidiano como o selênio, zinco, soja, glúten e flavonoides tem sido estudado (SILVA; MURA, 2010).
A tireoide é uma glândula localizada abaixo da cartilagem tireoide, sendo responsável pela produção dos hormônios T3 (tri- iodotiroina), T4 (tiroxina), T3 reverso e calcitonina. Os hormônios T3 e T4 estimulam diversos tecidos do corpo, produzindo respostas no organismo, portanto seu excesso ou deficiência interfere na funcionalidade dos órgãos (SCHMUTZLER et al., 2007).
A regulação da síntese de T3 e T4 envolvem dois mecanismos distintos, mas que agem em conjunto. No primeiro mecanismo ocorre retroalimentação através do TSH (hormônio estimulante da tireoide), este hormônio secretado pela adeno-hipófise promove hipertrofia e hiperplasia da tireoide além de estimular a síntese de hormônios. O TRH (hormônio liberador da tireotrofina) secretado no hipotálamo regula a síntese do TSH, os hormônios T3 e T4 inibem a secreção e são antagonistas a ação do TSH, através disso o controle homeostático de secreção do TSH é feito por retroalimentação negativa (BOGLIOLO, 1981; GERALDO, 2007)
O segundo mecanismo acontece por auto-regulação e dependo do iodo orgânico na tireoide. A medida que as concentrações intracelulares de iodo aumentam a célula folicular vai se tornando menos sensível aos