Evolução temporal das cidades e mudanças em suas formas e funções
Antes de entendermos historicamente os processos e formas urbanas, é preciso definir o que são cidade e urbanização. Para ser considerada uma cidade, uma determinada aglomeração de pessoas deve exercer uma centralidade, sendo assim, “toda cidade é do ponto de vista geoeconômico, isto é, das atividades econômicas vistas a partir de uma perspectiva espacial, uma localidade central” (Souza, 2003). Logo, para ser uma cidade, uma determinada localidade deve atrair consumidores de bens e serviços em diversas escalas e níveis. Souza ressalta que, toda cidade é um local de mercado, porém nem todo local de mercado é uma cidade. Já o processo de urbanização pode ser definida como “o movimento de desenvolvimento das cidades, simultaneamente em número e em dimensão, isto é, o desenvolvimento numérico e espacial das cidades” (BEAUJEU-GARNIER).
Um fato curioso,é a difusão do estilo de vida urbano para áreas rurais. Isto não torna estas áreas urbanas, apenas o modo de vida das cidades que adentra estas regiões. A cidade, historicamente, tem suas origens na sedentarização do homem, antes nômade. Com a domesticação de animais e o domínio da agricultura, o homem pôde se fixar em aldeias, sem ter que gastar energias caçando, já que já tinha condições técnicas de produzir seu próprio alimento. Neste contexto, havia uma situação mais favorável para a fecundidade, nutrição e proteção, segundo Sposito. Ou como BEAJAU GARNIER cita “o nascimento das cidades corresponde a três motivos possíveis: econômicos, políticos e defensivos, podendo estes últimos ser considerados subaspectos dos políticos”. Para MUMFORD a cidade surge como um local sagrado, onde eram realizados ritos e cerimônias, porém exercia um papel de “ponto de encontro permanente”. Nesse estágio,