Evolução histórica do papel sócio cultural da mulher.

Evolução histórica do papel sócio cultural da mulher.

A sociedade durante milênios, segundo Muraro (2007), tentou separar as idéias do feminino e do masculino na questão dos estereótipos que foram sendo criados pelos padrões (pai, mãe, esposa, marido, sexualidade, outros). Com o avançar do tempo, os papéis sociais foram surgindo e a partir desse momento foram diferenciados através de comportamentos e atitudes aceitas para cada sexo.
Cabe ressaltar que no começo da história da espécie humana, há milhares de anos, não era assim que se concebiam estes papéis, tanto as mulheres quanto os homens dividiam o trabalho dentro e fora de casa. Predominava o que chamavam de princípio feminino e princípio masculino e estes governavam o mundo juntos.
Goffman (1975) e Berger (1978) apud Negreiros e Carneiro (2004, p.1) definem:
O papel é concebido como um conjunto de prescrições e proscrições para determinada inserção no meio social. Tal noção compreende direitos e deveres, com as respectivas sanções, numa determinada condição. Os papéis masculino e feminino configuraram tipificações do que seria pertinente ao homem e a mulher num dado contexto. Englobam aprovações, restrições e proibições que seriam apreendidas e transmitidas ao longo de gerações e durante o percurso da vida do bebê ao idoso.

No início da espécie humana em conformidade com a história e nos dizeres de Muraro (2007), homens e mulheres viviam da coleta; plantavam e colhiam, garantindo a sobrevivência da espécie. O trabalho era dividido entre homens e mulheres e ambos viviam os “valores femininos”. Entendemos que estes valores femininos vão em direção ao que tange a proteção da vida e da espécie, ou seja, não existia na divisão dos valores sócio-culturais diferenciação entre feminino e masculino. As atividades eram realizadas por ambos, sem existir uma hierarquia ou uma relação de poder entre homens e mulheres.
Em dado momento, começam a se firmar os “valores masculinos”, proveniente da necessidade