Evolução do clima organizacional do expresso embaixador:
Evolução do clima organizacional do Expresso Embaixador:
Um estudo de caso
Fernando Dewes
1. Introdução
Manuel Marques da Fonseca Junior veio ainda criança da humilde terra de Pardilhó, distrito de Aveiro, Portugal. Era o ano de 1934. Como muitos imigrantes portugueses, o menino foi trabalhar como auxiliar de padeiro. Depois no comércio atacadista como empregado do, também português, Joaquim Oliveira. Por ter um forte impulso de realização e espírito de liderança, Manuel não permaneceu por muito tempo como empregado. Adquiriu um modesto armazém localizado em um bairro de Pelotas. Pelo seu talento e trabalho, conseguiu ampliar o armazém e vende-lo por um bom preço, de modo a poder realizar o seu sonho: o de ser um empresário do transporte. Dono de uma charrete, com a qual fazia as entregas dos produtos vendidos em seu armazém, Manuel foi capaz de sentir na própria pele a importância do transporte para o desenvolvimento de uma região. Com a venda do armazém obteve dinheiro para comprar um pequeno caminhão Studebaker, ano 1947. Era o início do atual Expresso Embaixador que conta, hoje, com 320 trabalhadores e uma frota composta por mais de 100 ônibus, com uma idade média de 3,5 anos e que é referência regional e nacional, com veículos que oferecem equipamentos de última geração, proporcionados pela parceria com as empresas montadoras. Mas talvez o mais importante legado do imigrante português não tenha se originado da sua prosperidade econômica, mas de uma filosofia de administração, até certo ponto surpreendente, porque destoante de um contexto histórico e social marcado pelo colonialismo imperante no sul do país por muito tempo. Seu filho Paulo Roberto e seu neto Fábio não só internalizaram os valores do pai e do avô como também os aprofundaram, disseminando-os em toda a empresa através de um estilo de liderança caracterizado pela generosidade e respeito aos trabalhadores. E o mais importante de tudo isto é que a empresa continua economicamente forte,