Hidrografia brasileira
O Brasil possui uma das maiores redes hidrográficas do mundo, com rios que apresentam grande extensão, largura e profundidade. A maior parte nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do Amazonas e de alguns afluentes, que têm origem na cordilheira dos Andes. O predomínio de rios de planalto permite bom aproveitamento hidrelétrico. Já os rios de planície são muito utilizados para a navegação. O transporte hidroviário passa a ser utilizado em maior escala no
Brasil nos anos 90. Para que um rio se torne uma hidrovia são necessárias obras de engenharia, como a dragagem (retirada de terra do fundo), o balizamento
(demarcação de canais de navegação) e a sinalização para as embarcações.
Alguns dos projetos hidroviários, no entanto, causam sérios impactos ao meio ambiente. As principais bacias hidrográficas brasileiras são a Amazônica, a do
São Francisco, a do Tocantins-Araguaia, a do Prata e a do Atlântico Sul.
Recursos hídricos brasileiros
O Brasil possui a maior reserva mundial de recursos hídricos. Abriga, em seu território, uma das maiores redes hidrográficas do planeta, além de extensas reservas de água subterrâneas. Teoricamente, cada brasileiro tem cerca de 34 milhões de litros de água à sua disposição. Apesar de todo esse potencial, o país ainda sofre com a falta de água. O Nordeste enfrenta sérios problemas de seca periodicamente. São Paulo, a grande metrópole do país, vive um longo período de estiagem e racionamento de água durante o ano 2000.
Em parte, essa situação se explica pela má distribuição dos recursos hídricos no país - 80% deles se concentram na região amazônica, enquanto falta água, por exemplo, no agreste e no sertão nordestinos. Além disso, o Brasil apresenta uma situação de exploração e uso predatório de seus recursos. A poluição das águas, o assoreamento dos rios e o desperdício contribuem para o problema da escassez. De acordo com uma pesquisa do professor Aldo Rebouças, do Instituto
de