Evolucionismo
Ainda, segundo Celso Castro, os textos reunidos “além de sua importância histórica, [...] sintetizam idéias-chave de teoria e método característicos do evolucionismo cultural”. Tal tradição antropológica estava inserida no contexto científico do século XIX, no qual a forma de apreender e explicar os fenômenos tanto naturais quanto culturais era predominantemente evolucionista, isto é, havia um progresso direcionado de formas simples às complexas, da homogeneidade à heterogeneidade, das atrasadas às avançadas. Nesse contexto, aliado à aceitação do postulado pós-darwiniano de que toda a humanidade teria uma origem comum (monogenismo), a grande questão que tomava conta do debate antropológico e sobre os quais os autores reunidos na obra buscavam respostas era: como pode haver uma grande diversidade cultural entre os povos se há uma origem comum? A solução a esta questão é a existência de uma evolução, isto é, haveria um caminho a ser trilhado por todas as sociedades, numa trajetória vista como obrigatória, unilinear e ascendente, partindo do estágio “selvagem”, passando