Everaldo Trabalho 1
O texto de Dinis e Crocco traz para a discussão as bases teóricas e instrumentais da economia regional urbana. É apresentado o primeiro marco teórico da política regional, que se inicia no pós 2ª Guerra Mundial, do qual fazem parte as crises simultâneas nos anos 70, a transição das estruturas políticas (novos paradigmas) e mudanças do padrão tecnológico. Nessa fase, destaca-se o Keynesianismo, modelo que defende a intervenção estatal na economia. A partir desse modelo, surgem teorias que acreditam que o desenvolvimento regional não podia ser garantindo pelas forças do mercado, tendo o Estado então papel fundamental na produção e no consumo para equilibrar a economia e promover esse desenvolvimento. Surge a ideia de que as desigualdade inter-regionais na época poderiam então ser resolvidas no âmbito econômico. Com esse foco voltado para a economia, o não desenvolvimento teórico relacionado aos aspectos institucionais, como cultura e hábitos, contribuem para que esse se tornasse um lado deficiente das políticas de desenvolvimento regional. O segundo período a partir do anos 80, “anos dourados do capitalismo”, é marcado pelas grandes fases de crescimento e bem-estar social. Contudo, a partir da crise do petróleo e de uma instabilidade monetária, o Keynesianismo passa a ser questionado e busca-se uma retirada do Estado da economia e uma abertura comercial e financeira. A percepção de escala muda, ou seja, altera-se a noção do que é mundial. O terceiro momento, que tem início nos anos 90 e persiste até hoje, é quando nota-se que é necessário capacitar as regiões para que elas possam competir nesse mercado que começa a ser globalizado e concorrido. A questão da escala é mais uma vez enfatizada (assim como