Cabral Tem Um Pouco De Nicolau II
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Aluno: Matheus de Aguiar Mauricio Machado
Curso: História Econômica Social e Política II
Professora: Syrléa Marques
Sérgio Cabral tem um pouco de Nicolau II
Analisando os capítulos “A Revolução Russa de 1905” e “A Revolução Russa de 1917” do livro “Revoluções” de Michael Lowy, podemos identificar semelhanças, no modo de tratar as reivindicações populares, entre o Czar da Rússia Imperial, Nicolau II, e o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Ambos cometeram o erro de ignorar as reivindicações populares e subestimaram sua força, acreditando que somente o apoio da aristocracia seria o suficiente para manter seus governos.
Assim como os operários russos, o povo fluminense ficou indignado com o descaso do governador perante os problemas sociais do Estado, o que desencadeou numa série de protestos que foram violentamente reprimidos.
A repressão de Cabral não foi tão sanguinária quanto à de Nicolau II, onde a mais conhecida como “domingo vermelho” massacrou os manifestantes, fazendo centenas de vítimas.
A polícia de Cabral, não tão sanguinária, com os manifestantes de classe média, porém não menos violenta que os soldados do Czar, oprimiu os manifestantes fluminenses de maneira covarde, onde mesmo com o uso de armas “não letais” deixaram marcas permanentes em dezenas de manifestantes, alguns não resistiram a tamanha truculência.
Porém, nas áreas mais pobres, como na Favela da Maré, esta mesma polícia fez o uso de armas letais, fazendo 13 vítimas fatais. Ao contrário de Nicolau II, Cabral mata escondido, para que sua imagem de sanguinário fique somente nas regiões mais pobres, que não recebem atenções da mídia, pois no Brasil, o conceito de “favelado marginal”, está enraizado nas mentes ignorantes da maioria da população.
Ambos aprenderam que o apoio popular é o que sustenta seus governos e que a repressão só piora suas popularidades. O Czar renunciou, o Governador anunciou