A Odisseia retrata o regresso de Ulisses
Logo no primeiro capítulo (Pensando em partir), Everaldo tenta explicar ao leitor o que seria o Etnocentrismo. Conforme suas palavras, seria “uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência”(p.1). Dessa forma, o autor afirma que na cultura Etnocêntrica existem dogmas nos quais só existe uma maneira de pensar e fazer as coisas, a do eu.
De acordo com autor, Etnocentrismo está ligado diretamente ao choque cultural, no qual, quase sempre compararam-se a cultura do outro tendo como referência os valores do eu, melhor dizendo, da minha cultura. Além disso, o Etnocentrismo não seria particular de uma determinada sociedade, ele estaria presente em diversas outras culturas, mas a nossa sociedade ocidental teria o praticado mais devido ao caráter ativista e colonizador que conduziu a conquista e destruição de vários outros povos e culturas.
O Etnocentrismo ainda perpetua em nosso cotidiano, ele revela-se através das sutilezas, violências e persistências. A todo o momento a “industria cultural” (Jornais, TVs, internet, revistas e outros) expõe desacertadamente um modelo ideal de valores e cultura, ou seja, o grupo dominante se reafirmando sobre os demais grupos menos expressivos.
Analisando os argumentos expostos pelo autor Everaldo acerca de o que seria o Etnocentrismo, entendo que ele foi muito feliz em suas colocações. O autor deslinda de forma apropriada o significado do tema e trás muitas informações ao leitor.
Por seguinte, Everaldo apresenta alguns meios de refutar o Etnocentrismo. Um desses mecanismos seria a “Relativação”, esse recurso consiste em compreender o outro nos seus próprios valores e não nos nossos. Nas palavras do autor, o processo de Relativizar configura-se quando “um ato é visto não na sua dimensão absoluta mas no contexto em que acontece”(p.20).