Eutanásia
Matilde Rebelo Pereira;nº14;10ºE No que diz respeito à eutanásia, que é uma questão bastante polémica, eu sou plenamente a favor. Tenho vários argumentos para esta tese que a minha pessoa defende. Penso que, muitas pessoas são contra a eutanásia e, por isso, este tema tem-se tornado um autêntico “tabu”. Hoje em dia, a sociedade tem generalizado uma aversão à morte e, por essa razão, não é um assunto que seja muito comentado e debatido abertamente. Se as pessoas têm simplesmente medo de morrer, porque haverão ser a favor da eutanásia? Provavelmente, nunca pensam em morrer ou negam-se a pensar… Quanto mais na possibilidade de algum dia estarem num estado vegetativo? A verdade é que somos todos mortais, e, como tal, devemos preocupar-nos com isso. Eu preocupo-me seriamente e penso constantemente neste assunto porque é algo que nos devemos consciencializar, que, eventualmente, pode vir a acontecer a nós próprios ou a alguém do nosso sangue. Se porventura tivesse uma doença incurável ou mesmo um acidente gravíssimo que me tornassem em apenas um “vegetal”, a minha vontade seria, certamente, recorrer a este processo de eutanásia, porque, na verdade, nunca iria voltar a ser a mesma pessoa ou sequer considerada como uma. Eu própria não gostaria de ser uma mera espetadora a ver a minha vida a desmoronar-se com puro sofrimento para comigo e para com a minha família. Tenho pena, sinceramente, que países como a Holanda sejam os únicos a terem a definição de vida. Ninguém merece viver com um inimaginável sofrimento e sem qualquer qualidade de vida porque, não ter as condições dignas e essenciais para viver, isso sim, já é uma morte imperdoável. Julgo que o ponto de vista religioso é extremamente controverso, pois defende que apenas o Senhor tem o direito de tirar a vida a alguém. Mas será que ele é assim tão egoísta ao ponto de ver as pessoas sofrer, em vez de terem, dadas as circunstâncias, uma morte misericordiosa?