Eutanásia
Para que se fale, ou ao menos, tente falar sobre eutanásia, distanásia e ortotanásia é preciso considerar fatores sobre vida, vida humana e dignidade humana. Estar vivo e ser humano nem sempre são considerados mesmo lado da moeda, para muitos o simples fato de um ser estar vivo e ter características biológicas da espécie humana não o torna humano, isso porque há a consideração de que, para ser humano é preciso ser, antes, humanizado, tornando assim, a questão biossocial.
Desde Aristóteles, com a visão do animal político, até os pensadores contemporâneos, tal concepção de homem com um conceito não em si puramente, mas construído a partir do outro é algo que prepondera nas ciências sociais. Assim, o homem é construído socialmente através de condições, de acordo com Hannah Arendt, que possibilitam o desenvolvimento de características inerentes ao contexto sócio-humano em que o mesmo habita.
Tal ideia é o que será usado para basilar o princípio da “dignidade da pessoa humana”, segundo o qual a existência do homem deve ser digna, não bastando estar vivo. A vida torna-se, pois, não um direito com fim em si mesmo, mas com fim na dignidade.
Assim, todo ser humano tem direito à vida, mas