Eutanásia
Trata-se de tema delicado, a morte da pessoa humana, que possui vários aspectos, entre os quais podemos mencionar: jurídico, clínico, moral, emocional, social, cultural, religioso, filosófico. Em nossa cultura, em que sempre estamos voltados para o que é bom e agradável, para a vida, esse tema é quase um tabu. Não se deve e, em muitos casos, não se pode falar na morte. Aprendemos que não é conveniente nem educado tocar neste assunto. Pessoas há que não pronunciam a palavra morte. Preferimos usar sinônimos, termos técnicos e eufemismos. Ocorre, porém, que os seres humanos são mortais, ou seja, a vida humana tem começo, meio e fim.
Inicialmente, cabe uma explicação no que respeita à terminologia utilizada neste estudo: em Medicina os termos são unívocos, diferentemente do Direito, em que os termos muitas vezes são biunívocos, equívocos ou análogos.
• Fase terminal - "por fase ou doença terminal se compreende uma condição patológica que leva a pensar em uma expectativa de morte em breve tempo como consequência direta da doença".
• Paciente terminal - "por paciente terminal se designa uma pessoa portadora de doença terminal que, em pouco tempo, com muita probabilidade morrerá".
A palavra eutanásia significa boa morte ou morte sem dor, tranquila, sem sofrimento. Vem de origem grega. O sentido da Eutanásia seria facilitar o processo de morte. Quando esta prática começou a ser aplicado, o sentido dela não era a morte, era somente deixar que a dor e o sofrimento fossem controlados, para assim, a morte vir de forma menos dolorosa possível. O autor Paulo Ricardo Alves relata vários tipos que eutanásia, que devem ser classificados conforme a ação e a concordância do paciente. Classificam-se em:
• - Eutanásia Ativa: Ato deliberador de provocar a morte sem sofrimento, sob o pretexto de estar sendo apensar misericordiosos.
• - Eutanásia passiva ou indireta: ocorre quando o paciente morre estando em estado terminal e/ou devido a iniciativa de uma ação