Eutanásia
A Eutanásia é um sistema que procura dar morte sem sofrimento a um doente incurável. Esse sistema é proibido em vários países, inclusive no Brasil, onde a prática da eutanásia é considerada homicídio. Existe grande controvérsia a respeito da legalização ou não dessa prática. As pessoas que julgam a eutanásia um mal necessário têm como principais argumentos poupar o paciente terminal irreversível de seu sofrimento e aliviar a angústia de seus familiares. Outro aspecto importante dessa discussão é o custo financeiro, tanto social como pessoal, causado, pelo prolongamento de uma vida impossibilitada de continuar. O custo social está na superlotação de leitos nos hospitais e nos gastos públicos com remédios e tratamentos desses pacientes. Por outro lado, se essa prática for legalizada, haverá revolta por parte das igrejas, as quais se mantêm irredutíveis em suas posições. Além disso, o parente que autorizar a eutanásia de um ente querido pode vir a sofrer um forte sentimento de culpa. Com o progresso da tecnologia médica, nas últimas décadas, torna-se ainda mais complexa a discussão sobre essa prática. Os aparelhos eletrônicos são capazes de garantir longa sobrevida vegetativa aos doentes e permitem que os sinais vitais sejam mantidos artificialmente, mesmo em pacientes terminais, por muito tempo. Assim, a manutenção da vida torna-se cada vez mais uma discussão que deve ser analisada caso a caso. A atuação médica é movida por dois grandes princípios morais: a preservação da vida e o alívio do sofrimento. Esses dois princípios complementam-se na maior parte das vezes. Entretanto, em determinadas situações, podem tornar-se antagônicos, devendo prevalecer um sobre o outro. Se for estabelecido como princípio básico o de optar-se sempre pela preservação da vida, independentemente da situação, poder-se-á, talvez, com tal atitude, estar negando o fato de que a vida é finita. Como é conhecido, existe um momento da evolução