Eutanásia em peixes
Com certeza a eutanásia ainda é um tabu, não só em seres vivos mas também em animais.
Aqui no Brasil o assunto é mais atrasado ainda. A Europa está anos luz a nossa frente quando o assunto é biodireito e bioética.
Apenas para dar um exemplo, enquanto aqui discutimos a legalização do aborto, na Alemanha e na Europa já se discute a obrigação de abortar, existindo inclusive ações judiciais de filhos com sérios problemas de formação contra médicos e pais que não o abortaram e o deixaram ter uma vida miserável e difícil.
Mas vamos nos restringir ao aquarismo.
Infelizmente, assim como qualquer ser vivo, por melhores condições que tenham no aquário, peixes adoecem. Isso faz parte do ciclo da vida.
Alguns se curam e outros não, vindo a morrer. No entanto, às vezes, esse tempo entre o estado terminal e a morte, se prolonga, tornando-se extremamente sofrido e doloroso.
É nesta hora que a eutanásia ganha espaço, sugerindo que a morte seja provocada.
O termo eutanásia vem do grego e quer dizer, em uma tradução literal, morte boa. Contudo, de acordo com a medicina, eutanásia é a morte humanitária executada por meio de um método que produza rápida inconsciência, levando a uma morte sem evidências de dor ou agonia.
O artigo 2º, da Resolução nº 714 do Conselho Federal de Medicina Veterinária traz que:
A eutanásia deve ser indicada quando o bem-estar do animal estiver ameaçado, sendo um meio de eliminar a dor, o distresse ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser aliviados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos, ou, ainda, quando o animal constituir ameaça à saúde pública ou animal, ou for objeto de ensino ou pesquisa.
Os métodos de eutanásia se dividem em métodos químicos e físicos.
Químicos são os métodos que utilizam substâncias químicas que imediatamente provoquem a inconsciência e a morte do animal.
Já os métodos físicos causam a imediata inconsciência e morte através de trauma físico cerebral. Os