Eutanasia
Se me lembro bem, quando chegava visita em nossa casa, no interior, meus pais e/ou minha vó logo chamava para cumprimentar. E o interessante que sem nenhuma dúvida a gente pedia a benção à pessoa. Se falasse bom dia ou boa tarde eramos repreendidos, pois isso era uma falta de respeito, principalmente se era uma pessoa de idade mais avançada. Aprendi então que os mais velhos devem ser respeitados sempre. E não somente eles, mas também os enfermos, as pessoas com alguma deficiência e assim por diante.
Este costume parece não fazer parte de muitas famílias atualmente. Vemos cada vez mais, em crianças, jovens e adultos uma crescente perda destes valores, o que provoca mudanças significativas no contexto social. Uma dessas mudanças é a desvalorização da vida, tanto em seu início como também o seu final.
Um dos temas hoje que tem provocado uma discussão no campo da moral e da ética é Eutanásia. Logo que alguns países ocidentais aprovaram a lei do aborto, a discussão sobre este tema ganhou também força na sociedade. É preciso esclarecer que etimológicamente a palavra eutanásia significa, na antiguidade, uma morte suave sem sofrimentos que provoquem profunda angustia. Hoje eutanásia tem sido tratada como uma maneira da medicina atenuar as dores biológica, mesmo com risco de provocar uma abreviação da vida e mais, em muitos casos este método tem sido aplicado, para eliminar radicalmente os sofrimentos de doentes terminais, com aprovação dos próprios pacientes e ate familiares no sentido de promover uma morte por compaixão.
Devemos lembrar que a Igreja Católica não comunga desta prática. A vida é um dom dado por Deus e ninguém, nem mesma a própria pessoa pode determinar o seu fim. A igreja concorda em que é necessário usar todos os recursos hoje disponíveis pela ciência no sentido de oferecer a todas as pessoas a assistência necessária a sua situação de enfermo. Concorda também que não se deve prolongar a vida através dos recursos técnicos além do