Eutanasia

EUTANÁSIA

A palavra “EUTANÁSIA” é composta de duas palavras gregas: “eu” e “thanatos”, que significa, literalmente, “uma boa morte”. Este entendimento da palavra realça duas importantes características dos atos de eutanásia. Primeiro, que a eutanásia implica tirar deliberadamente a vida de uma pessoa; e , em segundo lugar, que a vida é tirada para benefício da pessoa a quem essa vida pertence – normalmente porque ela ou ele sofre de uma doença terminal ou incurável. Isto distingue a eutanásia das outras formas de retirar a vida. A eutanásia é uma forma de apressar a morte de um doente incurável, sem que esse sinta dor ou sofrimento. A ação é praticada por um médico, ou pessoa habilitada, com o consentimento do doente, ou da família. Todas as sociedades que conhecemos aceitam algum princípio ou princípios que proíbem que se tirem a vida. Mas há grandes variações entre as tradições culturais sobre quando é considerado errado tirar a vida. Se nos voltarmos para as raízes da nossa tradição ocidental, verificamos que no tempo dos gregos e dos romanos, práticas como o infanticídio, o suicídio e a eutanásia eram largamente aceitos. Aqueles que defenderam a admissibilidade moral da eutanásia apresentam como principais razoes a seu favor a misericórdia para com pacientes que sofrem de doenças para as quais não há esperança e que provocam grande sofrimento e, no caso da eutanásia voluntaria, o respeito pela autonomia. A eutanásia ativa continua a ser um crime em todas as nações com exceção da Holanda e Bélgica. A partir de 1973, um conjunto de casos jurídicos estabeleceu as condições de acordo com as quais os médicos, e apenas os médicos podem praticar a eutanásia: a decisão de morrer deve ser voluntaria e refletida de um paciente informado; tem de existir um sofrimento físico ou mental considerado insuportável por aquele que sofre; não pode haver outra solução razoável para melhorar a situação, e o médico tem que consultar outros profissionais